Pouco mais de uma semana após a família da empresária Jamile de Oliveira Correia pedir ao Poder Judiciário que revisse a decisão de não considerar o caso como feminicídio, o Ministério Público do Ceará (MPCE) emitiu um novo parecer. Desta vez, promotores do órgão acusatório foram de acordo com o inquérito da Polícia Civil do Ceará, que apontou o advogado Aldemir Pessoa Júnior como responsável pelo assassinato da namorada.
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Nessa sexta-feira (29), os promotores Grecianny Carvalho Cordeiro e Marcelo Gomes Pires Maia se posicionaram pelo conflito negativo de competência, entendendo que o processo deve retornar à 4ª Vara do Júri para o juiz rever a decisão: “Ousamos discordar das conclusões ali alcançadas, reconhecendo, assim como o fez a autoridade policial, que o caso é mesmo de atribuição das Varas do Júri”.
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Atualmente, o caso se encontra na 15ª Vara Criminal da Comarca de Fortaleza, depois do magistrado Edson Feitosa dos Santos Filhos considerar não existir indícios suficientes apontando a participação de Aldemir no homicídio, mas sim em outros crimes, como porte ilegal de arma de fogo, fraude processual e lesão corporal. A decisão foi com base em outra manifestação do MPCE anexada aos autos no início deste mês de maio.
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Jamile morreu há nove meses, no fim de agosto de 2019. Ela, Aldemir e o filho estavam no apartamento de luxo da empresária. A vítima foi atingida por um único disparo. Jamile chegou a ser socorrida ao Instituto Doutor José Frota (IJF), mas não resistiu aos ferimentos.
Fonte: Diário do Nordeste
CÁ PRA NÓS:
O Sem Meias Palavras desde o primeiro momento acompanha o caso e questiona as autoridades sobre os rumos da investigação.
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