Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta terça-feira (16), infectologista Francisco Cardoso analisou o uso do tratamento precoce.
“O tratamento precoce engloba remédios que estão à disposição para serem testados frente a novas doenças. Muitos estudos mostram que eles conseguem diminuir a quantidade de vírus em nosso corpo porque bloqueiam a entrada do Sars-CoV-2 nas células. Acudir o paciente que está doente é uma premissa da medicina, portanto o tratamento precoce não deveria ser alvo de polêmica – que surgiu por conta de uma equivocada politização da pandemia. Um absurdo completo. Para recomendá-lo, há sociedades médicas que estão exigindo estudos que demandariam anos e milhões de dólares para serem elaborados. Elas adotam dois pesos e duas medidas porque, para gripe recomendam remédios com baixas evidências científicas, mas para a Covid-19 – que está deixando milhares de mortos e contaminados, exigem uma burocracia enorme. Há conflitos e interesses nesta história, por exemplo, muitas organizações não apoiam o tratamento precoce já que oferece remédios baratos, que não gerariam alto lucro para as indústrias.
Além disso, uma vez que estes medicamentos fossem instituídos, poderiam atrapalhar as caras pesquisas em andamento para o desenvolvimento de novos fármacos”, concluiu.
Fonte: Terra Brasil Notícias
Médico formado pela UFRJ com residência médica em Infectologia pelo Emílio Ribas (SES/SP), com atuação majoritária na área clínica em doenças infecto-contagiosas, parasitárias e tropicais (consultório, ambulatório, enfermaria, emergência e terapia intensiva) e também como médico intensivista plantonista tanto em hospital de doenças infecciosas como em hospitais gerais públicos e privados.
Cá pra nós: quem pode, pode. Quem não pode tem chance maior de falecer?
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