O Ministério da Justiça pretende leiloar até o fim deste ano 90 imóveis oriundos de bloqueios judiciais no âmbito da Operação Lava Jato.
A lista de apartamentos, casas, salas comerciais e propriedades rurais faz parte de um processo de venda contendo cerca de 6.500 itens, incluindo veículos importados, eletrônicos, aeronave, joias e obras de arte.
A intenção do governo federal é arrecadar com os leilões cerca de R$ 300 milhões, o que representará um aumento significativo em relação a 2020, quando foi apurado um valor de R$ 190 milhões.
Técnicos do governo atribuem esse acréscimo na arrecadação a novas leis, desburocratização de procedimentos administrativos e ao incremento de patrimônio apreendido nas mãos de criminosos.
A Folha Press teve acesso à relação dos imóveis vinculados à Lava Jato que irão a leilão. São 48 provenientes da Operação Câmbio, Desligo! e 42, da Operação Dolce Vita.
O valor arrecadado dos bens apreendidos relacionados ao tráfico de drogas são destinados ao Funad (Fundo Nacional Antidrogas), e retornam para a sociedade em ações de redução da oferta e da demanda de drogas.
Um dos projetos é o Drogômetro, equipamentos portáteis que captam a presença das substâncias psicoativas por meio de amostras de saliva em motoristas. Ele ainda entrará em fase de testes.
Já os valores arrecadados que não estão relacionados às drogas são destinados para o Fupen (Fundo Penitenciário) e ao FNSP (Fundo Nacional de Segurança Pública).
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