O ex-condenado Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda, 16, em entrevista coletiva, não poupou críticas aos militares. Em tom duro indicou que somente quer diálogo, quando ganhar as eleições e for “chefe deles”.
Lula, incisivo disse que as Forças Armadas devem cuidar da soberania do país, e quem desejar ser político tire a farda, seja um cidadão comum e se candidate.
O ex-condenado usando o General Pazuello como exemplo em um episódio que teria ocorrido na CPI da covid, quando “ele teria ameaçado ir de farda para amedrontar os senadores”, passa a generalizar atacando oficiais superiores.
Lula cita em seguida, “É assim que eles pensam, eles botaram na cabeça que eles são superiores, eles botaram na cabeça que eles são mais honestos e a CPI tá mostrando o que aconteceu com a quantidade de coronéis que, em nome de institutos, de ONGs, estavam montando uma verdadeira quadrilha de comprar vacina. Eu não tenho conversa com os militares.”
No dia 4 de agosto, a CNN revelou que Lula prepara uma manifestação pública para tentar se aproximar dos militares. O ex-ministro da Justiça e do STF Nelson Jobim foi escalado para tentar fazer essa interlocução, mas vem encontrando dificuldades. Segundo petistas, isso irritou Lula, que resolveu então criticar abertamente militares.
A rejeição dos militares é baseada nas condenações pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva além dos processos do tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, todos ligados à operação Lava Jato. O ex-presidente foi condenado em segunda instância e chegou a ficar preso por 580 dias.
CÁ PRA NÓS: Condenado em três instâncias, por pelo menos 10 juízes, ver seus processos, alguns, zerarem depois de 7 anos, por filigranas jurídicas, sem entrar no mérito das condenações. Lula demonstra nessa entrevista o desapreço as forças armadas, e diante de muito ódio, é o que parece, comete o pior dos erros, a generalização.