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Insegurança: durante os governos Cid-Camilo mais de 51.000 pessoas foram assassinadas no Ceará

Os números são contundentes e falam por si. Com a entrada do crime organizado provenientes do sudeste do país, ainda no primeiro governo Cid (2007 – 2010), quando líderes de facções provenientes de outros Estados começaram a ser presos no Ceará, os homicídios dispararam diante de uma política governamental que passou pela negação, ridicularização e transferência de responsabilidade.

Vimos em ascensão a escalada do narcotráfico, o domínio de população inteiras nos bairros da capital e sua ramificação para a área metropolitanas e interior, diante de programas para combatê-los que aos seus términos ficou constatado mais uma vez que era expressão de política eleitoreira. Quem lembra do Ronda do Quarteirão e suas viaturas caríssimas generalizadas para todo o policiamento? Quem lembra do “Ceará Pacífico” formulado por grupo de fora do Estado por quase R$ 3 milhões de reais, sem licitação, onde não se lia em seus três livrinhos uma única palavra no combate às facções? Quem se recorda do “maior investimento na segurança pública da história”, que devidamente esmiuçado ao retirar folha de pagamento e custeio sobrava 3, 4°% para real investimento?

As eleições estão chegando, e após o governo estadual responsabilizar o governo federal pela ascensão dos assassinatos e do crescimento do crime organizado, aliás, que sob a gestão de Bolsonaro teve queda expressiva chegando a 41,1 mil mortes violentas no ano passado no país – o menor número desde 2007 (g1), a bola da vez é o deputado federal e pré-candidato ao governo Capitão Wagner.

O centro das acusações provenientes do governador Camilo Santana (PT) e agora do ex-governador e senador Cid Gomes (PDT) é atribuir o crescente de homicídios às greves da Polícia Militar e ao parlamentar.

A paralizacão de maior repercussão envolvendo militares nos governos acima ocorreu no final de dezembro de 2011 até janeiro de 2012. Em 2012, foram 3.840 homicídios, longe dos maiores anos violentos no Ceará: em 2013, 2014 e 2015 ultrapassou 4.000 por ano, e no ápice, 2017, quebrou-se todos os recordes com 5.134 assassinatos. A outra greve foi em fevereiro de 2020. Como acreditar que um único fator desequilibrou toda uma política de segurança? Se foi assim, ou era extremamente frágil ou simplesmente não existia.

Não é bom caminho transferir responsabilidades e buscar desculpas, o povo a cada dia com a quebra do monopólio de informações da velha imprensa tradicional está cada dia mais consciente e alerta. Antes, despolitizar e profissionalizar a área de segurança pública, investir maciçamente na investigação e inteligência, quebrar paradigmas de policiamento, estabelecer diálogo franco e transparente com a sociedade e trazer a verdade das ruas para reuniões com poderes e instituições, sem maquiagem. O povo quer respostas e resultados consistentes. O crime somente vence o aparelho estatal por incompetência, omissão e/ou conivência.

2018….4.518
2019….2.257
2020….4.039
2021…3.299
Janeiro 2022..251
Fevereiro 2022….27

*Fonte SSPDS

Governo Cid: 24.289 homicídios – Governo Camilo: 27.200 homicídios *até fevereiro/2022. Total: 51.489

Por César Wagner Maia Martins, ex-superintendente da Polícia Civil e comunicador

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